Jake Gyllenhaal é aquele ator que me faz pensar sempre: como esse cara ainda não ganhou um Oscar?
Ele é um dos queridinhos de Hollywood: bom moço, nunca envolvido em escândalos, sempre faz filmes bons e faz alguns dos melhores filmes independentes daquelas paradas. E mesmo assim nunca é considerado para os grandes prêmios. Acho que com seu novo filme Nocaute isso pode mudar. O filme em cartaz nos cinemas daqui, conta a história de um grande astro do boxe, vivido por Jake, que ao perder a esposa assassinada em sua frente por um desafeto, perde também a guarda de sua filha e logo toda a sua fortuna. Eis que ele vai procurar a ajuda de um antigo treinador de boxe (vivido pelo melhor de todos, Forest Whitaker) pra tentar levantar sua carreira e sua vida. A clássica história do herói que vai ao fundo do poço e tenta se reerguer desta vez é contada muito bem por um dos diretores mais competentes de Hollywood, Antoine Fuqua, e vivida de forma primorosa por Jake Gyllenhaal. O cara sofre, ganha, perde, apanha, chora, sofre mais ainda e a gente acredita em tudo o que ele sente, sem exageros, sem caricaturices. É o caso do ótimo ator bem dirigido que dá vida a um personagem que poderia ser real. Em nenhum momento eu fiquei pensando “olha como o Jake tá bem” ou “olha como o Jake tá fazendo isso pra mostrar que é bom ator”. O bom ator sempre me faz esquecer que é ele que está ali. O bom ator é o que me faz pensar por duas horas que aquele personagem é de verdade. E por isso eu acho que o boxeador de Nocaute deve ser reconhecido com pelo menos algumas indicações logo mais nas premiações americanas. Assim sendo, corra pra vê-lo na tela grande do cinema, nesse Nocaute, e aguarde que logo, logo estreiam mais dois filmes com nosso Jake: Everest e Demolition.
Fotos reprodução do Instagram
Veja a entrevista do ator falando sobre o seu papel e o filme Nocaute.